O evento reuniu palestrantes médicos e de enfermagem que integram a rede primária e o HNSD.
O 2º Seminário de Oncologia de Itabira, realizado pelo Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), em parceria com o Laboratório Silveira, a Prefeitura e as empresas COI e DMX, foi marcado por discussões profundas sobre os avanços e desafios para o tratamento do câncer.
O evento, que reuniu profissionais renomados da área, teve como objetivo promover a troca de conhecimentos e experiências sobre os desafios e projeções de melhoria no acolhimento e atendimento do cliente na rede primária e no hospital. Mais de 250 pessoas estiveram presentes.
Labruna destacou a importância de Itabira ter como referência para o tratamento Oncológico o HNSD. “O paciente pode contar com o conforto e segurança para fazer o tratamento próximo de sua família”. Também salientou que o hospital está investindo e preparado para atender aos pacientes de Itabira e Região.
O vice-prefeito Marco Antônio Gomes, destacou a importância do cuidado do paciente com câncer desde o corpo até a saúde mental que, segundo ele, é uma fragilidade do paciente oncológico e da família. Já a secretária de Saúde de Itabira, reforçou a parceria da rede de saúde no atendimento aos pacientes destacando o valor que cada profissional tem desempenhando bem o seu papel neste cenário.
As palestras variaram entre técnicas, direcionadas ao público médico e à enfermagem e outros profissionais da saúde, a conteúdos ligados diretamente ao paciente como seus direitos de acesso ao diagnóstico e tratamento, conforme a legislação, e a captação dele na fase inicial da doença, aumentando a expectativa de cura em alguns casos de câncer.
Abaixo seguem temas, nomes dos palestrantes e alguns aspectos discutidos no Seminário.
Avanços da Unacon Itabira
O diretor executivo do HNSD, Alexandre Coelho, foi também palestrante no Seminário e apresentou a UNACON, destacando que o tratamento a pacientes com câncer foi iniciado em 2017, quando eram realizadas 747 consultas e teve um aumento expressivo, em 2023 realizou 8.210 consultas.
De acordo com o diretor, “um aumento significativo que demonstra o potencial de atendimento do HNSD. Um jovem serviço que denota um trabalho sério e comprometido do hospital”. Além disso, Alexandre apresentou o fluxo e o trabalho realizado pela equipe de cuidados paliativos no intuito de humanizar a relação com os pacientes.
Oncologia no SUS: onde estamos e para onde vamos?
O médico oncologista, Dr. Alberto Wainstein, responsável técnico da Oncologia do hospital, falou sobre a oncologia via Sus, sobre a importância do diagnóstico precoce, o tempo como sendo o principal aliado do paciente no tratamento. Também frisou que, de acordo com pesquisas recentes, a proximidade do paciente com o local onde irá realizar a quimioterapia e a radioterapia é fator primordial para o sucesso do tratamento. O que reforça o quanto ter um tratamento de qualidade, perto e que promova um bem-estar físico e mental do paciente e família é importante.
Epidemiologia e tratamento do Câncer de Colo de Útero
A Dra. Larissa Vilar destacou a importância de conhecer os tratamentos a fundo pra entender o ganho de sobrevida global da paciente com câncer de colo de útero. Ela também frisou a importância do preventivo e da vacina.
Regulação e Fluxos de acesso à Oncologia com base na legislação
A enfermeira Késia Costa apresentou o tema com base na legislação. A enfermeira destacou a importância da “lei dos 60 dias” que garante aos pacientes com câncer o direito de iniciar o tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) em, no máximo, 60 dias após o diagnóstico patológico e a “lei dos 30 dias” “nos casos em que a principal hipótese diagnóstica seja a de neoplasia maligna, os exames necessários à elucidação devem ser realizados no prazo máximo de 30 (trinta) dias, mediante solicitação fundamentada do médico responsável.”
O que esperar da implantação da radioterapia na Unacon Itabira
Dr. Cássio Trindade, que será responsável pela radioterapia, falou sobre o tratamento, reforça que a radiação permanece por um tempo no paciente e o quanto isso pode impactá-lo. Destacou que é um tratamento que segue uma série de parâmetros pra garantir a segurança do paciente e explicou o efeito de sobrevida que pode representar para o paciente.
Fluxo do paciente oncológico na urgência
A enfermeira, Viviane Duarte, falou sobre o fluxo do paciente oncológico na urgência, que chega pelo Pronto Socorro, porta aberta para atendimento e a importância da rede trabalhar de forma sincronizada para que o paciente não chegue primeiro à urgência.
Desafios para garantir o diagnóstico precoce
A enfermeira, Kênia Penna, frisou os desafios para garantir o diagnóstico precoce na atenção primária, destacando: a desinformação, o cancelamento de consulta, a dificuldade de acesso em razão do horário de atendimento, a alta demanda de pacientes agudos e a rotatividade de profissionais.
Rastreamento do Câncer de Mama
A enfermeira, Vanessa Maia, destacou que o exame de mamografia precisa ser realizado por todas as mulheres. O que normalmente se vê, segundo ela, é que é feito apenas por pacientes que já fizeram anteriormente.
O Seminário de Oncologia foi finalizado com um painel entre as profissionais palestrantes. Os participantes puderam fazer perguntas e tirar suas dúvidas que variaram desde o diagnóstico até o rastreio do tratamento.
Fonte: Ascom-HNSD